Outubro Rosa: como a alimentação pode auxiliar na prevenção e combate ao câncer de mama.

Você já ouviu falar muitas vezes da importância de uma alimentação equilibrada para a saúde e até mesmo para a prevenção de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes. Mas você sabia que a sua alimentação pode interferir no surgimento do câncer de mama?

Muita gente se preocupa apenas com o histórico familiar quando se fala em câncer, e não está errado se preocupar com ele. Afinal, o fator genético exerce um importante papel na formação de tumores. Mas, apesar disso, quando falamos em câncer de mama, influência genética corresponde a apenas 5 a 10% dos casos.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. Sendo assim, os hábitos e estilo de vida são bem mais relevantes, pois incluem a alimentação, peso corporal, atividade física, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e a amamentação. Também precisamos ficar de olho em fatores internos como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas.

E como a nutrição pode nos ajudar?

 

Como o próprio Guia Alimentar para a População Brasileira orienta, uma alimentação adequada e saudável tem como base os alimentos in natura e os minimamente processados, aqueles que preservam características fundamentais do alimento natural, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, sementes e nozes.

 

Eles são nossas principais fontes de energia e nutrientes que garantem o bom funcionamento do organismo.

 

Esses alimentos fortalecem as defesas do corpo e ajudam o intestino a funcionar bem. Além disso, esses alimentos têm o poder de inibir a chegada de substâncias cancerígenas às células e de reparar danos celulares quando a agressão já começou. Se a célula foi alterada e não for possível consertar o DNA, alguns compostos promovem a sua morte, interrompendo a multiplicação desordenada.

A alimentação também tem um papel importante na prevenção do câncer de mama quando falamos em manutenção do peso.

Afinal, o excesso de gordura corporal provoca alterações hormonais e um estado inflamatório crônico que estimulam a multiplicação de células com danos e atrapalha o processo de eliminação delas. Tudo isso pode gerar também a instabilidade genômica e, consequentemente, o surgimento da doença.

Então, uma alimentação variada e rica em alimentos in natura de origem vegetal tem o grande papel de te proteger contra o sobrepeso, obesidade e, claro, o câncer. Se ela estiver aliada a alguma prática de atividade física, os resultados tendem a ser ainda melhores!

 

Também temos que pensar o risco do consumo frequente de alimentos ultra processados como salgadinhos, biscoitos de pacote, temperos prontos, refeições industrializadas congeladas e tantos outros que conhecemos por aí já são antigos vilões da nossa saúde. Mas quando o assunto é câncer, eles influenciam mais ainda!

Esses alimentos são ricos em gorduras, sódio, amidos ou açúcares e, portanto, promovem o excesso de peso que aumenta a chance de desenvolver pelo menos 12 tipos de câncer. O fato deles serem altamente saborosos e agradarem muito o nosso paladar, aumenta ainda mais as chances de consumo excessivo.

Estudos mostraram que ao seguir um estilo de vida mais saudável, incluindo alimentação e prática de atividade física, o risco de câncer de mama diminui em 19% em mulheres e reduziu a mortalidade em 60%.

Então não dá pra deixar de se cuidar. Encare essa mudança de vida como uma medida de prevenção.

Ah! E não deixe de fazer os exames anuais. O diagnóstico precoce salva vidas.


Não deixe para se cuidar somente na campanha do outubro rosa.