O que é Compulsão Alimentar?
Compulsão Alimentar: Entendendo o Transtorno e o Caminho para o Cuidado
A compulsão alimentar é um transtorno alimentar reconhecido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), caracterizado por episódios de ingestão de uma quantidade de alimentos significativamente maior do que a maioria das pessoas consumiria em um período semelhante e sob as mesmas circunstâncias. Esses episódios geralmente acontecem em um curto espaço de tempo, como dentro de duas horas, e são acompanhados por uma sensação de perda de controle, em que a pessoa sente que não consegue parar de comer ou controlar o que está consumindo.
Este comportamento pode causar sofrimento emocional, sensação de culpa e vergonha, além de interferir diretamente na saúde física e no bem-estar.
Quais são os principais aspectos da compulsão alimentar?
Consumo exagerado de alimentos em um curto período.
Sensação de falta de controle durante a alimentação.
Presença frequente dos episódios, que podem ocorrer várias vezes por semana.
Muitas vezes, o transtorno está associado a um desconforto intenso com o corpo e dificuldades para lidar com emoções.
Por que o tratamento nutricional é importante?
O acompanhamento nutricional é uma peça fundamental no tratamento da compulsão alimentar. Entre os principais objetivos do trabalho do nutricionista estão:
Reduzir a frequência dos episódios de compulsão alimentar, ajudando a pessoa a ter um padrão alimentar mais regular e equilibrado.
Promover a mudança no comportamento alimentar, estimulando escolhas mais conscientes e respeitando os sinais naturais de fome e saciedade.
Identificar e controlar os gatilhos emocionais e ambientais que podem levar à compulsão, fortalecendo estratégias para lidar com situações difíceis sem recorrer à comida.
Melhorar a relação com o corpo e a alimentação, incentivando uma visão mais gentil e acolhedora de si mesmo, sem julgamentos.
A importância do trabalho multiprofissional
O tratamento da compulsão alimentar exige um olhar integrado, com o apoio de profissionais de diferentes áreas. Além do nutricionista, a presença de psicólogos, psiquiatras e outros especialistas é essencial para abordar tanto os aspectos emocionais quanto físicos do transtorno, oferecendo um suporte completo e humanizado.
O cuidado compassivo e o respeito pela individualidade são pilares para ajudar quem enfrenta a compulsão alimentar a reconquistar o equilíbrio e a qualidade de vida.
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
ALVARENGA, M. et al. Nutrição Comportamental. 2. ed. São Paulo: Manole, 2019.